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Sunhouse Surf

Um lugar que não poderíamos deixar de ter as nossas pranchas era na Gold Coast. Como nos outros lugares, haviam muitas surfshops, mas teríamos que achar alguma que tivesse relação com o nosso trabalho, da mesma forma que fizemos nas outras cidades. Mais uma vez a dica do Grant Newby foi certeira. Sunhouse Surf! Grant pediu para falarmos com Justin, o proprietário. Chegando ao local encontramos ele, apresentamos os produtos e recebemos uma aceitação quase imediata. Talvez pela recomendação do Grant. Coincidentemente, o Justin já esteve em Florianópolis, então também fazia ideia da presença do surf na cidade.

The Shop Next Door

Voltamos para Umina Beach para organizar algumas coisas e em seguida fomos passar dois dias em Manly, na casa da minha prima, aproveitando a trip para divulgar as pranchas e skate. Perguntei ao Grant Newby se ele conhecia algum lugar que poderiam curtir nossas pranchas e ele indicou apenas um lugar: The Shop Next Door. Descendo o mapa, circulamos os rios até chegar a Narrabeen e continuar descendo, passando por cerca de 6 praias até chegar em Manly. Parei no costão esquerdo de Narrabeen para ver o mar e logo que desci do carro, ou vi um cara falar: “Nice boards mate!”, referindo-se ás pranchas que estavam no meu rack. Olhei bem… era o Matt Chojnacki. Bizarra coincidência! Quais as chances de cruzar com o cara neste litoral gigante, num dos milhares de estacionamentos das praias a mil quilômetros de Noosa?

O cara foi campeão do Noosa Festival of Surfing, que participamos no começo do mês. Vi o cara algumas vezes no festival mas eu não consigo ter essa atitude de fã, que vê o cara e vai em cima importunar. Surfei perto dele na época do campeonato, o cara é um dos melhores do mundo.

Conversamos por um bom tempo no estacionamento em Narrabeen, ele mostrou suas pranchas, incríveis, e conversamos sobre o meu trabalho e sobre o documentário que ele estava finalizando. Ele testou algum dos nossos skates e emprestei um dos meus Slalom 22″ para ele ficar algumas semanas, já que eu tinha mais alguns em Umina.

Voltando ao assunto: fiz a mesma pergunta sobre algum lugar legal para mostrar as pranchas, e o Matt deu a mesma dica: The Shop Next Door. Eu já seguia esta loja no Instagram e há um detalhe da loja que me agrada: Uma parede com medidas de prancha onde o pessoal da loja faziam fotografias das pranchas novas e fotos dos clientes com as pranchas vendidas. Simples, mas sempre me chamou a atenção.

Chegando em Manly, eu e meu “primo” Omer Tidhar, fomos na loja e conhecemos o Taylor e a Emilie, responsáveis pela loja. O feedback do Taylor não poderia ser melhor. Deixamos um long, uma mini-simmons e um skate long 60 polegadas.

A loja realmente era incrível e pude entender o por que das indicações para eu deixar meus produtos por lá. Ficamos por mais de 3 horas conversando com o Tyler e descobrimos inclusive alguns amigos em comum de Florianópolis. Ele me perguntava: “Are you manézinho?”, termo local para quem nasce em Florianópolis.

Apenas neste mês conheci várias pessoas, que mesmo vivendo do outro lado do mundo, têm tanto em comum comigo, que impressiona.

Obrigado Omer e Lú pela hospedagem e por nos mostrar um pouco da região que é espetacular.

Grant Newby

Há alguns anos, logo que comecei a fazer as primeiras pranchas de madeira, recebi um email do Grant Newby, solicitando informações do meu trabalho para publicar no seu blog. Grant é organizador de alguns eventos aqui na Austrália, como o The Alley Fish Fry e o Wooden Surf Boards Show & Ride. São encontros de entusiastas e fabricantes de pranchas Fish, no primeiro caso, e pranchas de madeira no segundo.

Ano passado, meu amigo Tiago Miotto levou uma das nossas Fish para este evento e conversou com Grant, Tom Wegener entre outros. Grant fazia parte da lista de pessoas que eu era obrigado e encontrar aqui na Austrália. Ele é um dos maiores desenvolvedores de projetos alternativos de pranchas de madeira. É o criador do projeto das pranchas de madeira da Firewire. Um dos maiores estudiosos do assunto.

Estava retornando de Noosa com pouco tempo e achei melhor contacta-lo na próxima vez que passássemos pelo Gold Coast, com o Tiago. Coincidentemente Grant viu uma foto nossa no instagram e, sabendo que estávamos na Austrália, imediatamente entrou em contato para nos encontrarmos. Convite irrecusável, então conseguimos nos encontrar a noite, apenas para uma pequena conversa já que no dia seguinte eu iria retornar à Umina Beach, Central Coast, numa viagem de 10 horas.

Foi o suficiente para conversarmos bastante sobre processos e novos projetos. Grant me mostrou várias das suas criações e compartilhou 100% dos seus projetos e conhecimentos, tentando me explicar o máximo possível. Combinamos de, na próxima oportunidade, passar um dia com as pranchas de madeira na praia para testes e avaliações. Obrigado por nos receber tão bem na sua residência e fábrica, e também pela cerveja!

Fotos: Jhiese Rodrigues

Visita à fábrica do Tom Wegener

Na última segunda-feira finalmente pude conhecer a fábrica do Tom. Eu vi este local por milhares de vezes no filme Lines From a Poem, do Nathan Oldfield, e para mim era algo tão espetacular e distante, que jamais pensei que um dia eu pudesse estar ali, ao lado do maior shaper de pranchas de madeira a nível mundial. Além de um grande artista, é uma pessoa espetacular. Figura simpática e simples, assim como sua família, que nos tratou como velhos amigos.

Há quase 10 anos eu troquei alguns e-mails com o Tom e mostrei alguns dos meus trabalhos. No último ano, meu amigo Tiago Miotto encontrou o Tom Wegener no Wooden Surfboard Show & Ride, em Currumbin, e mostrou uma das nossas Fish e comentou um pouco mais sobre o meu trabalho.

Por duas vezes vi a van do Tom aqui em Noosa mas não tive a oportunidade de encontra-lo. Acabei cruzando com ele na volta da trilha de Tea Tree e depois conseguimos nos encontrar com um pouco mais de tempo durante o evento e marcamos para eu visitá-lo:

Estávamos aguardando o Sr. Wegener preparar a janta quando, sem aviso, surge na porta Nathan Oldfield! Renomado videomaker autor de filmes que vi por mais de 50 vezes. Chegou com duas belas cervejas artesanais e conversamos um pouco sobre seus filmes, idiomas, curiosidades sobre o Brasil, entre outros assuntos. Antes disso, Tom havia me contado sobre sua primeira experiência no Brasil,

quando visitou o país, ainda jovem, com seus pais: voltando de uma praia no Rio de Janeiro, com 15 anos, foi abordado pela policia que, com grande dificuldade, explicou que ele seria preso por roubar uma prancha de dois rapazes cariocas que haviam chamado a polícia. Detalhe, a prancha era do Tom e ele demorou um pouco para assimilar a bizarra situação. Coisas do Brasil.

Agradecimento especial ao amigo e representante da Siebert Austrália, Tiago Miotto, à Fernanda e Afonso, e aos novos amigos Dani e Rodrigo Ferrari, da Tapioca Gourmet de Noosa, que nos receberam nestes dias em Noosa Heads.

Fotos: Jhiese Rodrigues

Todo dia é dia de Tea Tree

Cinco minutos de trilha até esta praia chamada Tea Tree. Pessoas das mais variadas idades, mulheres, homens e crianças dividindo as ondas.

Siebert na Golden Breed, Noosa Heads

Na terça-feira pela manhã fomos visitar algumas surf shop locais para apresentar as nossas pranchas de madeira e verificar o interesse dos lojistas. Iniciamos os testes em duas que sabíamos que dificilmente teríamos sucesso, mas para treinar a apresentação. Uma delas, com muitas pranchas, mas com preços muito baixos, fabricadas na China.

Esse tipo de produto é um pouco mal visto por aqui pelas pessoas mais envolvidas com o surf, sendo destinada quase sempre aos turistas. As pranchas não eram tão ruins, mas realmente só compensaria para um iniciante, ou seja, kook shop.

Nossa terceira tentativa foi numa loja chamada Golden Breed, uma loja simples mas que, pelos produtos, agradava bastante. Estavamos observando algumas pranchas antigas penduradas no teto, quando fomos atendidos pelo Josh, que nos recebeu com toda atenção. O Tiago Miotto apresentou nossa intenção de oferecer as pranchas e o Josh fez bastante perguntas, então fomos buscar uma no carro para apresentar.

Praticamente de imediato ele se interessou pela prancha e quis ficar com ela mesmo antes de apresentarmos os valores. Ele comentou algo sobre as pranchas que sempre ouço: “eu sempre vejo pranchas de madeira, mas é bem raro ver pranchas de madeira com estes shapes”.

Solicitou que pegássemos as outras duas que tínhamos no carro que ele gostaria de deixar na outra loja da Golden Breed, em Byron Bay. Enquanto assinavamos os papéis, eu perguntei sobre umas pranchas que vi na loja e o Josh comentou que eram de fabricação dele, da marca Creative Army. Isso já me impressionou bastante pois as pranchas eram excelentes. Pensei: “esse cara é foda! …e é humilde de mais, se ele gostou das minhas pranchas é porque estão legais”. É bem complicado chegar com uma prancha num lugar onde estão alguns dos melhores Loggers do mundo, consequentemente, com as melhores pranchas. No dia anterior eu vi muitas pranchas boas, perfeitas!

Mais tarde, chegando em casa, numa rápida pesquisa, vejo “Josh Constable, campeão mundial de longboard em 2006, 4 vezes campeão do Noosa Festival e 5 vezes campeão australiano de longboard! My God!!! Amanhã eu volto ali para pedir um autografo! “o cara” curtiu as minha pranchas…

Trabalhos encerrados, poucas ondas, mas sempre vale entrar nessa água quente e limpa, numa onda de maral que abre pra sempre. Fotos por Jhiese Rodrigues.

Surf em Noosa

Chegamos em Noosa à noite e no dia seguinte acordamos as 5h da manhã. Tive que ignorar a existência do festival e fui até o final na baia de Noosa Main Beach, (dica de um amigo), para surfar uma ondas mais incríveis que já presenciei, Tea Tree.

Neste local a ondulação entra maior do que em First Point (a onda da praia, onde eram realizadas as baterias). Ondas incríveis, longas e perfeitas para longboard, com água quente e clara. A praia é pequena mas com muitas sobras das árvores.

Depois do almoço descemos para comer algo, quando começou a chover (aqui está o maior sol e de uma hora para outra chove, em seguida o sol volta). Estávamos voltando para o estacionamento para ir embora descansar um pouco e no caminho, aquele velho diálogo:

– Cara visse aquela?
– Pois é, acho que tem umas ondas ali hein?!
– Surfar mais um pouquinho?

Surf na chuva e uma onda pequena mas longa como sempre…

Crescent Head

Hoje saímos de Umina Beach em direção a Noosa Heads. 1.100 Km de viagem. No meio do caminho paramos em Crescent Head…bancada incrível!!! Fotos por Jhiese Rodrigues

As pranchas chegaram!

Esta é a nossa primeira experiências com exportação formal. Depois de muitas dificuldades, documentações, burocracia, taxas, embalagens, etc, aqui estão as pranchas em nossas mãos. Todas inteirinhas! Agora, oficialmente, temos condições de envia-las para qualquer parte do mundo. Coincidentemente hoje recebi uma proposta de Portugal para enviar uma caixa com esta, com 4 longboards e 2 fish/mini-simmons!

Tenho que agradecer especialmente ao Tiago “China” Miotto que viabilizou e ajudou a desembaraçar as caixas na Austrália. Agora é “só” vender. Se tudo correr como planejado, esperamos aproveitar os próximos meses e ainda contar com a presença, no fim da trip, do meu irmão, Fabinho, que ficou no Brasil cuidando de tudo.

Nosso site australiano:
http://siebertsurfboards.com/aus/

Booker Bay, Umina

Ontem, depois de mais algumas voltas pela cidade, fui conhecer o local onde trabalha o meu amigo que está me hospedando em Umina, Tiago Miotto.

Skate Day

Atualmente estamos em Umina Beach, uma cidade com 16 mil habitantes, a uma hora norte de Sydney, próxima à Avoca Beach, onde surfamos ontem.

Aproveitamos o dia de ondas mexidas pelo vento maral, para conhecer a cidade, de skate. Como previsto, asfalto excelente e calçadas lisas e com conexões contínuas, sem morros.

Chegando ao Umina Surf Lifesaving Club, percebi que havia um parque ao lado, fomos andando e acabamos chegando num skate park que eu sabia da existência, mas não sabia a localização exata. Grata surpresa. Andei sozinho por bastante tempo até cansar.

O parque ainda se estendia por uma boa distância com milhares de brinquedos infantis de todos os tipos, inclusive uma mini parede para escaladas. Era muito brinquedo para pouca criança.

Algumas observações aleatórias e primeiras impressões:

  • O leite é muito bom, de verdade, com o mesmo gosto das poucas vezes que tomei direto da fazenda.
  • Não sei se pelo gosto ou pelo preço: tudo aqui é de limão. Refrigerante, suco, sabonete, produto de limpeza, tudo limão.
  • Parece que o controle de qualidade dos alimentos, pelos órgãos fiscalizadores, é muito alto, de forma que a qualidade dos produtos industrializados dos supermercados parecem superiores.
  • Existe muito produto orgânico. A proporção deve ser de acordo com a importância que a população dá a este fator.
  • Os carros ficam na rua. Raramente as casas tem garagem.
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