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Tanya Muscat

Eu ainda estou tentando organizar os fatos na minha cabeça pois conheci lugares e pessoas que acompanho a muitos anos, apenas de forma virtual. É natural criarmos uma imagem na nossa cabeça de como é o lugar, de como são as pessoas. Felizmente tudo que eu encontrei pela frente, nestas poucas semanas, me surpreenderam de forma positiva, mesmo quando a minha imaginação, de forma involuntária, criava conceitos mesmo antes de conhece-las. Fui muito bem tratado e bem recebido em todos os locais, e fiquei tentando avaliar isto. As pessoas me tratavam como velhos amigos.

Num dos dias em Noosa, estava eu sentado vendo o campeonato, quando alguém me chamou pelo sobrenome. Olhei para trás, reconheci imediatamente: Tanya Muscat!

A Tanya é fotografa, local de Noosa Heads (Instagram @photonoosa). Eu acompanhava suas belas fotos de Noosa a bastante tempo e lembro de ter trocado algumas palavras com ela sobre a minha vontade de um dia surfar essa onda, apesar de achar que nunca aconteceria. Há alguns meses, quando publiquei no instagram, informações referente a minha vinda para Austrália, ela comentou algo como: “finalmente seu sonho irá se realizar”. Não acreditei que ela lembrou. Eu mal lembrava de ter dito isto a ela.

Conversei com ela por algum tempo e infelizmente não voltei a encontra-la no evento nos dias seguintes. Falei que eu iria para água após a nossa breve conversa, e ela fez questão de fazer alguma foto minha na água. A crowd estava grande em First Point, mas ela capturou uma imagem que vou guardar com carinho, também por ter sido a primeira vez que surfei em First Point apos o termino das baterias do dia.

A Tanya é a simpatia em pessoa. Realiza seu trabalho com muita motivação, vibrando com as boas ondas, como se fosse a primeira vez que estivesse fazendo aquilo. Mesmo me conhecendo há poucos minutos, nos convidou para, numa próxima oportunidade, ficar na sua casa. A confiança que as pessoas tem umas nas outras por aqui é algo fora da nossa realidade. Obrigado Tanya!

Visita à fábrica do Tom Wegener

Na última segunda-feira finalmente pude conhecer a fábrica do Tom. Eu vi este local por milhares de vezes no filme Lines From a Poem, do Nathan Oldfield, e para mim era algo tão espetacular e distante, que jamais pensei que um dia eu pudesse estar ali, ao lado do maior shaper de pranchas de madeira a nível mundial. Além de um grande artista, é uma pessoa espetacular. Figura simpática e simples, assim como sua família, que nos tratou como velhos amigos.

Há quase 10 anos eu troquei alguns e-mails com o Tom e mostrei alguns dos meus trabalhos. No último ano, meu amigo Tiago Miotto encontrou o Tom Wegener no Wooden Surfboard Show & Ride, em Currumbin, e mostrou uma das nossas Fish e comentou um pouco mais sobre o meu trabalho.

Por duas vezes vi a van do Tom aqui em Noosa mas não tive a oportunidade de encontra-lo. Acabei cruzando com ele na volta da trilha de Tea Tree e depois conseguimos nos encontrar com um pouco mais de tempo durante o evento e marcamos para eu visitá-lo:

Estávamos aguardando o Sr. Wegener preparar a janta quando, sem aviso, surge na porta Nathan Oldfield! Renomado videomaker autor de filmes que vi por mais de 50 vezes. Chegou com duas belas cervejas artesanais e conversamos um pouco sobre seus filmes, idiomas, curiosidades sobre o Brasil, entre outros assuntos. Antes disso, Tom havia me contado sobre sua primeira experiência no Brasil,

quando visitou o país, ainda jovem, com seus pais: voltando de uma praia no Rio de Janeiro, com 15 anos, foi abordado pela policia que, com grande dificuldade, explicou que ele seria preso por roubar uma prancha de dois rapazes cariocas que haviam chamado a polícia. Detalhe, a prancha era do Tom e ele demorou um pouco para assimilar a bizarra situação. Coisas do Brasil.

Agradecimento especial ao amigo e representante da Siebert Austrália, Tiago Miotto, à Fernanda e Afonso, e aos novos amigos Dani e Rodrigo Ferrari, da Tapioca Gourmet de Noosa, que nos receberam nestes dias em Noosa Heads.

Fotos: Jhiese Rodrigues

Tom Wegener

Ontem, voltando da trilha de Tea Tree, vi alguns caras com alaias e no fim da fila estava ele, o mestre das pranchas de madeira, Tom Wegener. Eu falei com ele algumas poucas vezes nos últimos anos por email. Fui obrigado e intercepta-lo. “Tom?” Ele olhou pra minha prancha: “Zibert?”. Muito legal encontrar o cara ao vivo. Eu só não voltei para surfar com eles pois eu estava na água desde as 8hs e já era meio dia, eu estava morto. Mas combinamos um surf hoje as 13hs em Tea Tree.

Depois encontrei ele no fim do dia, no festival e conversamos bastante sobre as pranchas e ele me convidou para conhecer a fábrica, tomar uma cerveja e jantar na casa dele no final de semana.

Antes da banda Tropical Zombies, sorteamos um Skate Longboard 60″. O pequeno ganhador ficou grudado com o skate na mão, deve ter curtido. Nas vezes que andei com o meu 60″ o pessoal gostou bastante, é um produto que não tem por aqui.

Todo dia é dia de Tea Tree

Cinco minutos de trilha até esta praia chamada Tea Tree. Pessoas das mais variadas idades, mulheres, homens e crianças dividindo as ondas.

Siebert na Golden Breed, Noosa Heads

Na terça-feira pela manhã fomos visitar algumas surf shop locais para apresentar as nossas pranchas de madeira e verificar o interesse dos lojistas. Iniciamos os testes em duas que sabíamos que dificilmente teríamos sucesso, mas para treinar a apresentação. Uma delas, com muitas pranchas, mas com preços muito baixos, fabricadas na China.

Esse tipo de produto é um pouco mal visto por aqui pelas pessoas mais envolvidas com o surf, sendo destinada quase sempre aos turistas. As pranchas não eram tão ruins, mas realmente só compensaria para um iniciante, ou seja, kook shop.

Nossa terceira tentativa foi numa loja chamada Golden Breed, uma loja simples mas que, pelos produtos, agradava bastante. Estavamos observando algumas pranchas antigas penduradas no teto, quando fomos atendidos pelo Josh, que nos recebeu com toda atenção. O Tiago Miotto apresentou nossa intenção de oferecer as pranchas e o Josh fez bastante perguntas, então fomos buscar uma no carro para apresentar.

Praticamente de imediato ele se interessou pela prancha e quis ficar com ela mesmo antes de apresentarmos os valores. Ele comentou algo sobre as pranchas que sempre ouço: “eu sempre vejo pranchas de madeira, mas é bem raro ver pranchas de madeira com estes shapes”.

Solicitou que pegássemos as outras duas que tínhamos no carro que ele gostaria de deixar na outra loja da Golden Breed, em Byron Bay. Enquanto assinavamos os papéis, eu perguntei sobre umas pranchas que vi na loja e o Josh comentou que eram de fabricação dele, da marca Creative Army. Isso já me impressionou bastante pois as pranchas eram excelentes. Pensei: “esse cara é foda! …e é humilde de mais, se ele gostou das minhas pranchas é porque estão legais”. É bem complicado chegar com uma prancha num lugar onde estão alguns dos melhores Loggers do mundo, consequentemente, com as melhores pranchas. No dia anterior eu vi muitas pranchas boas, perfeitas!

Mais tarde, chegando em casa, numa rápida pesquisa, vejo “Josh Constable, campeão mundial de longboard em 2006, 4 vezes campeão do Noosa Festival e 5 vezes campeão australiano de longboard! My God!!! Amanhã eu volto ali para pedir um autografo! “o cara” curtiu as minha pranchas…

Trabalhos encerrados, poucas ondas, mas sempre vale entrar nessa água quente e limpa, numa onda de maral que abre pra sempre. Fotos por Jhiese Rodrigues.

Surf em Noosa

Chegamos em Noosa à noite e no dia seguinte acordamos as 5h da manhã. Tive que ignorar a existência do festival e fui até o final na baia de Noosa Main Beach, (dica de um amigo), para surfar uma ondas mais incríveis que já presenciei, Tea Tree.

Neste local a ondulação entra maior do que em First Point (a onda da praia, onde eram realizadas as baterias). Ondas incríveis, longas e perfeitas para longboard, com água quente e clara. A praia é pequena mas com muitas sobras das árvores.

Depois do almoço descemos para comer algo, quando começou a chover (aqui está o maior sol e de uma hora para outra chove, em seguida o sol volta). Estávamos voltando para o estacionamento para ir embora descansar um pouco e no caminho, aquele velho diálogo:

– Cara visse aquela?
– Pois é, acho que tem umas ondas ali hein?!
– Surfar mais um pouquinho?

Surf na chuva e uma onda pequena mas longa como sempre…

Crescent Head

Hoje saímos de Umina Beach em direção a Noosa Heads. 1.100 Km de viagem. No meio do caminho paramos em Crescent Head…bancada incrível!!! Fotos por Jhiese Rodrigues

Siebert na Austrália

No fim do ano passado decidimos vir para a Austrália com o objetivo principal de expandir o nosso trabalho num patamar internacional.

Por que Austrália?
Primeiramente pelo convite que recebi de um amigo (no verdadeira sentido da palavra), que em 2000 foi para ficar alguns meses e está lá até hoje, e não volta.

Se conseguirmos realizar este trabalho por lá, provavelmente conseguiremos realizar em outros países nos próximos anos.

Conversando com outras pessoas que trabalharam no mercado de surf Australiano, percebi que havia potencial para nossas pranchas de surf de madeira. Com a desvalorização do Real, valendo quase 3×1 Australian Dollars, e sabendo que as pranchas de madeira Australianas são vendidas pelo dobro de uma comum, decidimos ir para a Austrália no final de fevereiro de 2016, por três meses.

Outras situações também pesaram para esta decisão. Uma delas era a de participar do Noosa Festival of Surfing 2016, agora, início de março.

Surfar Noosa também será a realização de um sonho pessoal, algo que achei que nunca aconteceria. Ondas que cansei de ver e rever em filmes de longboard, nos campenatos da Deus Ex-Machina, etc.

Para iniciar este projeto, exportamos 13 pranchas de surf de madeira que iremos, ao longos destes três meses, usar para divulgação e venda. Trouxemos também cerca de 30 skateboards e alguns handplanes, para ter um mostruário mais completo dos nossos produtos.

Meu irmão Fábio Siebert, criou uma subdivisão da nossa loja virtual com os produtos que estão na Austrália (www.siebertsurfboards.com/aus). Ele comandará a Siebert por estes meses, ou não. Estamos estudando a possibilidade da sua vinda no ultimo mês da trip, já que além destes trabalhos, ele é o nosso principal surfista, o cara que está surfando na maioria das nossas fotos e vídeos.

Além das pranchas Siebert, estamos trazendo também as pranchas da nossa nova marca, em parceria com o shaper Rodrigo Dias: a Sea & Song. Mais informações aqui.

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