Na integra, matéria “Revolution Board” sobre as pranchas de cortiça na edição de Julho da Revista Hardcore:
Prancha de surf de cortiça. Sem quilha. Sem laminação…
Mesmo para quem frequenta as praias a décadas, este tipo de prancha causa estranheza.
A intenção é a mesmo de sempre: apenas se divertir de uma forma simples e despretensiosa. Deslizar nas ondas.
Há poucos anos, as pranchas sem quilhas explodiram. Tom Wegener, com suas Alaias, talvez não tenha noção de quantas Alaias existem no mundo por sua causa. No Brasil, semanalmente recebo emails de pessoas que me pedem informações para fazer a sua própria. A facilidade de confecção fez com que muitos entusiastas se arriscassem neste shape, imaginando como seria deslizar nas ondas sem as quilhas.
Quem já teve a oportunidade de experimentar, está lendo e pensando: “forma simples e despretensiosa, pode até ser, mas para entrar nas ondas? Como é difícil!”
A Alaia, na sua forma original, tem pouquíssima remada e por este detalhe, exige bastante da parte física do surfista. Somamos a isto, a necessidade de uma onda com certa qualidade e a dificuldade de disputa-las com outros surfistas.
Então, se falta flutuação, basta faze-la flutuar! Por mais obvio que pareça, passaram-se alguns anos sem que ninguém desenvolvesse a solução. Bastaria maior leveza e maior espessura para melhorar a flutuabilidade, o que seria impossível mesmo com a Balsa ou Paulownia na sua forma maciça.